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10 junho 2015

O CÍRCULO

EGGERS, Dave. O Círculo. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. 520pp.

"Meu Deus, pensou Mae. É o paraíso."
"O campus era vasto e disperso. Frenético em sua coloração do Pacífico e no entanto os mínimos detalhes tinham sido cuidadosamente calculados, modelados pelas mãos mais eloquentes." (p.7)

"Numa segunda-feira ensolarada de junho, Mae parou na frente da porta principal, embaixo do logo gravado na alto do vidro. Embora a empresa tivesse menos de seis anos de existência, seu nome e seu logo - um círculo em torno de uma grade entrelaçada, com um pequeno 'e' no centro - já figuravam entre os mais conhecidos mundialmente." (p.8)

"Ty havia concebido o sistema incial, o Sistema Operacional Unificado, que combinava on-line tudo aquilo que antes estava separado e bagunçado - perfis dos usuários das redes sociais, seus sistemas de pagamento, suas várias senhas, suas contas de e-mail, seus nomes de usuário, preferências, todas as ferramentas e manifestações de seus interesses. A maneira antiga - uma nova transação, um novo sistema a cada site, para cada compra - era como entrar num carro diferente cada vez que quisesse dar uma voltinha por aí." (p.28)

"Embora alguns sites tenham se mostrado resistentes a princípio e os defensores da internet tenham protestado em defesa do direito de se manter anônimo on-line, a onda do TruYou cresceu e esmagou todas as posições relevantes. Começou nos sites de comércio. (...) E aqueles que desejavam ou precisavam rastrear os movimentos dos consumidores on-line tinham encontrado seu Valhala." (p.29)


"Mae abriu o fluxo de comunicações internas da empresa e começou. Ela estava decidida a dar conta de todos os feeds Internos e Externos naquela noite. Havia avisos gerais da empresa sobre cardápios de cada dia, a previsão do tempo de cada dia, as palavras de sabedoria de cada dia (...). Ela abriu caminho a duras penas pelas mensagens, uma a uma, em busca de algo que parecesse razoável para responder de forma pessoal. Havia pesquisas (...). Havia dúzias de clubes (...). Parecia haver uns cem grupos de pais - pais de primeira viagem, pais divorciados, pais de filhos autistas, pais guatemaltecos adotados, etíopes adotados, russos adotados." (p.111-112)

"- Acho que isso me deixa entediada com muita facilidade.
- Conversar?
- Conversar em câmera lenta.
- Agora posso começar? Vou levar três minutos. Pode me dar três minutos, Mae?
- Tá legal.
- Três minutos em que você não sabe o que vou dizer, tá legal? Vai ser uma surpresa.
- Tá legal.
- Muito bem. Mae, temos de mudar a maneira como nos relacionamos. Toda vez que vejo ou ouço você é por meio de um filtro. Você me manda links, cita alguém que falou de mim, diz que viu uma foto minha no mural de alguém... (...) Mesmo quando estou conversando com você cara a cara, você me diz o que algum estranho pensa  a eu respeito. É como se nunca estivéssemos sozinhos. Toda vez que vejo você, há uma centena de pessoas na sala. Você está sempre olhando para mim através dos olhos de outras pessoas.
- Não seja dramático." (p.143)

"Mae virou-se para ver as três linhas juntas. Ela piscou para conter as lágrimas, vendo tudo lá. Será que ela mesma havia de fato pensado tudo aquilo?
SEGREDOS SÃO MENTIRAS
COMPARTILHAR É CUIDAR
PRIVACIDADE É ROUBO
(...) Bailey piscou para Mae e virou-se para a plateia.
- Vamos agradecer a Mae por sua sinceridade, sua inteligência e sua suprema humanidade, por favor." (p.323)


(seleção por Fábio Elionar)

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